quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O vinho nos tempos do Novo Testamento - Parte 2.


“Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galiléia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele.” Jo 2.11

O vinho: Misturado ou Integral?

Os dados históricos sobre o preparo e o uso do vinho pelos judeus e por outras nações no mundo bíblico mostram que o vinha era: a) frequentemente não fermentado; b) em geral misturado com água e c) o embriagante. Aqui, encontramos dois processos de preparação da uva para posteriormente ser misturada com água.

1) Um dos métodos usados era desidratar as uvas, borrifá-las com azeite para mantê-las úmidas e guardá-las em jarras de cerâmica (Enciclopédia Bíblica Ilustrada de Zondervan, V.882, ver também estudo sobre Columella, Sobre a Agricultura 12.44.1-8). Em qualquer ocasião, podia-se fazer uma bebida muito doce de uvas assim conservadas. Punha-se-lhes água e deixava-as de molho na fervura. Políbio afirmou que as mulheres romanas podiam beber desse tipo de refresco de uva, mas que eram proibidas de beber vinho fermentado (ver Políbio, Fragmentos, 6.4; cf. Plínio, História Natural, 14.11.81).

2) Outro método era ferver suco de uva fresco até se tornar em pasta ou xarope grosso (mel de uvas); este processo deixava-o em condições de ser armazenado, ficando isento de qualquer propriedade inebriante por causa da alta concentração de açúcar, e conservava a sua doçura (ver Columella, Sobra a Agricultura, 12.19.1-6; 20.1-8; Plínio, História Natural, 14.11.80). Essa pasta ficava armazenada em jarras grandes ou odres. Podia ser usada como geléia para passar no pão, ou dissolvida em água para voltar ao estado de suco de uva (Enciclopédia Bíblica Ilustrada de Zondervan, V. 882-884). É provável que a uva fosse muito cultivada para a produção de açúcar. O suco extraído no lagar era engrossado pela fervura até tornar-se em líquido conhecido como “mel de uvas” (Enciclopédia Geral Internacional da Bíblia, V.3050). Referências ao mel na Bíblia frequentemente indicam o mel de uva (chamado debash pelos judeus), em vez do mel de abelhas.

3) A água, portanto, pode ser adicionada a uvas desidratadas, ao xarope de uvas e ao vinho fermentado. Autores gregos e romanos citavam várias proporções de mistura adotadas. Homero (Odisséia, IX 208ss) menciona uma proporção de vinte partes de água para uma parte de vinho. Plutarco (Symposíacas, III.ix) declara: “Chamamos vinho diluído, embora o maior componente seja a água”. Plínio (História Natural, XIV.6.54) menciona uma proporção de oito partes de água para uma de vinho.

4) Entre os judeus dos templos bíblicos, os costumes sociais e religiosos não permitiam o uso do vinho puro, fermentado ou não. O Talmude (uma obra judaica que trata das tradições do judaísmo entre 200 a.C. e 200 d.C.) fala, em vários trechos, da mistura de água com vinho (e.g., Shabbath 77ª; Pesahim 1086). Certos rabinos insistiam que, se o vinho fermentado não fosse misturado com três partes de água, não podia ser abençoado e contaminaria quem o bebesse. Outros rabinos exigiam dez partes de água no vinho fermentado para poder ser consumido.

5) Um texto interessante temos no livro de Apocalipse, quando um anjo, falando “do vinho da ira de Deus”, declara que ele será “não misturado”, isto é, totalmente puro (Ap 14.10). Foi assim expresso porque os leitores da época entendiam que as bebidas derivadas de uvas eram misturadas com água.

Em resumo, o tipo de vinho usado pelos judeus nos dias da Bíblia não era idêntico ao de hoje. Tratava-se de:
a) suco da uva recém-espremido;
b) suco de uva assim conservado;
c) suco obtido de uva tipo passas;
d) vinho de uva feito do seu xarope, misturado com água e
e) vinho velho, fermentado ou não, diluído em água, numa porção de até 20 para 1.

Se o vinho fermentado fosse servido não diluído, isso era considerado indelicadeza, contaminação e não podia ser abençoado pelos rabinos. À luz desses fatos, é ilícita a prática corrente ou não de ingestão de bebidas alcoólicas como base no uso do “vinho” pelos judeus nos tempos bíblicos. Além disso, os cristãos dos dias bíblicos eram mais cautelosos do que os judeus quanto ao uso do vinho (ver Rm 14.21; 1 Ts 5.6; 1 Tm 3.3. Tt 2.2)

A Glória de Jesus manifesta através do vinho.

Em João 2, vemos que Jesus transformou água em “vinho” nas bodas de Caná. Que tipo de vinho era esse? Conforme já vimos, podia ser fermentado ou não, concentrado ou diluído. A resposta deve ser determinada pelos fatos contextuais e pela probabilidade moral. A posição correta, é que Jesus fez vinho (oinos) suco de uva integral e sem fermentação. Os dados que se seguem apresentam fortes razões para rejeição da opinião de que Jesus fez vinho embriagante.

1) O objetivo primordial desse milagre foi manifestar a sua glória, de modo a despertar fé pessoal e a confiança em Jesus como o Filho de Deus, santo e justo, que veio salvar o seu povo do pecado. Sugerir que Cristo manifestou sua divindade como o Filho Unigênito do Pai, mediante a criação miraculosa de inúmeros litros de vinho embriagante para uma festa de bebedeiras (onde subtende-se que os convidados tinham bebido muito), e que tal milagre era extremamente importante para sua missão messiânica, requer um grau de desrespeito, e poucos se atreveriam a tanto. Será, porém, um testemunho da honra de Deus, e da honra e glória de Cristo, crer que Ele criou sobrenaturalmente o mesmo suco de uva que Deus produz anualmente através da ordem natural criada. Portanto, esse milagre destaca a soberania de Deus no mundo natural, tornando-se um símbolo de Cristo para transformar espiritualmente pecadores em filhos de Deus. Devido a esse milagre, vemos a glória de Cristo “como a glória do Unigênito do Pai”.

2) Contraria a revelação bíblica quanto a perfeita obediência de Cristo a seu Pai celestial supor que Ele desobedeceu ao mandamento moral do Pai: “Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho...e se escoa suavemente”, isto é, quando é fermentado (Pv 23.31). Cristo por certos sancionou os textos bíblico que condenam o vinho embriagante como escarnecedor e alvoroçoador (Pv 20.1), bem como as palavras de Hc 2.15: “Ai daquele que dá de beber ao seu companheiro!...e o embebedas” (cf. Lv 10.8-11; Pv 31.4-7; Is 28.7; Rm 14.21).

3) Note ainda, o seguinte testemunho da medicina moderna.

a) Os maiores médicos especialistas atuais em defeitos congênitos citam evidências comprovadas de que o consumo moderado de álcool danifica o sistema reprodutivo das mulheres jovens, provocando abortos e nascimentos de bebês com defeitos metais e físicos incuráveis. Autoridades mundialmente conhecidas em embriologia precoce afirmar que as mulheres que bebem até mesmo quantidades moderadas de álcool, próximo ao tempo da concepção (48 horas), podem lesar os cromossomos de um óvulo em fase de liberação, e daí causar sérios distúrbios no desenvolvimento mental e físico do bebê.

b) Seria teologicamente absurdo afirmar que Jesus haja servido bebidas alcoólicas, contribuindo para o seu uso. Afirmar que Ele não sabia dos terríveis efeitos em potencial que as bebidas inebriantes têm sobre os nascituros é questionar sua divindade, sabedoria e discernimento entre o bem e o mal. Afirmar que Ele sabia dos danos em potencial e dos resultados deformadores do álcool, e que, mesmo assim, promoveu e fomentou seu uso, é lançar dúvidas sobre a sua bondade, compaixão e seu amor.

A única conclusão racional, bíblica e teológica acertada é que o vinho que Cristo fez nas bodas, a fim de manifestar a sua glória, foi o suco puro e doce de uva, e não fermentado.

"E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito;" Ef 5.18

A declaração de Paulo em Ef 5.18 demonstra que a plenitude do Espírito Santo depende do modo como o crente corresponde à graça que lhe é dada para viver em santificação. Isto quer dizer que a pessoa não pode estar “embriagada com vinho” e, ao mesmo tempo, “cheia do Espírito”. Paulo adverte todos os crentes a respeito das obras da carne; que os que comentem tais coisas “não herdarão o reino de Deus”. Além disso, “os que cometem tais coisas” não terão a presença interior do Espírito Santo, nem a sua plenitude. Noutras palavras, não ter “o fruto do Espírito” é perder a plenitude do Espírito.

O vinho nos tempos do Novo Testamento - Parte 1. O cristão não pode beber bebidas alcóolicas!


Referência às Bodas de Caná da Galiléia em João 2.

Alguns acreditam que, tanto o vinho fornecido neste casamento como o vinho feito por Jesus, eram embriagantes se consumidos em grande quantidade. Se aceita esta tese, as implicações disto, dadas a seguir, devem ser reconhecidas e também aceitas:

1) Primeiro: os convidados do casamento provavelmente estariam bêbados.
2) Segundo: Maria, mãe de Jesus, estaria lastimando a falta de bebida embriagante e estaria pedindo que Jesus fornecesse aos convidados, já embriagados, mais vinho fermentado.
3) Terceiro: Jesus estaria produzindo, a fim de atender à vontade de sua mãe, de 600 a 900 litros de vinho embriagante mais do que suficiente para manter todos os convidados totalmente bêbados.
4) Quarto: Jesus estaria produzindo esse vinho embriagante como seu primeiríssimo “milagre” a fim de manifestar “a sua glória” e de levar as pessoas a crerem Nele como o Filho justo e santo de Deus.

Não é possível evitar as implicações supras da tese em questão. Alegar que Jesus produziu e usou vinho alcoólico, não somente ultrapassa os limites das normas exegéticas, como também nos leva a um conflito com os princípios morais embutidos no contexto geral do ensino da Escritura. Fica claro que, à luz da natureza de Deus, da justiça de Cristo, da sua amorável solicitude pela humanidade, do bom caráter de Maria, as implicações da posição de que o vinho de Caná estava fermentado são blasfemas. Não se pode adotar uma interpretação que envolvia tais informações e contradições. A única explicação plausível e crível é que o vinho produzido por Jesus, a fim de manifestar a sua glória, era o suco puro e não embriagante de uva. Além disso, “o vinho inferior”, inicialmente fornecido pela pessoa encarregada das bodas, também com toda probabilidade não era inebriante.

De conformidade com vários escritores antigos, o vinho “bom” era o vinho mais doce, vinho este que podia ser bebido livremente e em grandes quantidades sem causar danos (isto é, vinho cujo conteúdo de açúcar não fora destruído através da fermentação). O vinho “inferior” era aquele que fora diluído com muita água.

1) O escritor romano Plínio afirma expressamente que o “vinho bom”, chamado Sapa, não era fermentado. Sapa era suco de uva fervido até diminuir um terço do seu volume a fim de aumentar seu sabor doce (ver em Plínio, História Natural, XIV.23-24). Ele escreve em outro trecho que “os vinhos são mais benéficos quando toda a sua potência é removida através do coador”. Plínio, Plutarco e Horácio sugerem que o melhor vinho era o do tipo “inofensivo”.
2) Os documentos rabínicos afirmam que alguns rabinos recomendavam o vinho fervido. O Mishna dos judeus diz: “O rabino Yehuda permite-o (o vinho fervido com oferta alçada), porque a fervura o melhora”.
3) É notável que o adjetivo grego traduzido “bom”, não seja agathos, mas kalos, que significa “moralmente excelente ou apropriado”.

A expressão, “bebido bem” em João 2.10, provém da palavra grega methusko, que tem dois significados: 1) estar ou ficar bêbado, e 2) estar farto ou satisfeito (sem referencia a embriagues). Aqui devemos entender methusko como o segundo destes dois significados. Seja como for traduzido este texto, ele não pode ser usado em defesa da tese de que nessa festa de casamento foi bebido vinho fermentado. Neste texto, o mestre-sala simplesmente cita um princípio geral, próprio de qualquer festa de casamento, sem considerar o tipo de bebida que foi então servido. Não devemos, de moda algum, dar a entender que Jesus participou de uma festa de bebedeiras, nem que contribuiu para isso.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O Vinho nos tempos do Antigo Testamento. O cristão não pode beber bebidas alcóolicas!


Nm 6.3: “de vinho e bebida forte se apartará; vinagre de vinho ou vinagre de bebida forte não beberá; nem beberá alguma beberagem de uvas; nem uvas frescas nem secas comerás.”

Palavras hebraicas para “Vinho”.

De um modo geral, há duas palavras hebraicas traduzidas por “vinho” na Bíblia.

1) A primeira palavra, a mais comum, é Yayin, um termo genérico usado 141 vezes no AT para indicar vários tipos de vinho fermentado ou não-fermentado (ver Ne 5.18, que fala “todo vinho [yayin] = todos os tipos).

a) Por um lado, yayin aplica-se a todos os tipos de suco de uva fermentado (Gn 9.20,21; 19.32,33; 1 Sm 25.36,37; Pv 23.30,31). Os resultados trágicos de tomar o vinho fermentado aparecem em vários trechos do AT, notadamente em Pv 23.29-35.

b) Por outro lado, yayin também se usa com referência ao suco doce, não-fermentado, da uva. Pode referir-se ao suco fresco da uva espremida. Isaías profetiza: “já o pisador não pisará as uvas [yayin] nos lagares” (Is 16.10); semelhantemente, Jeremias diz: “fiz que o vinho [yayin] acabasse nos lagares; já não pisarão uvas com júbilo” (Jr 48.33). Jeremias até chama de yayin o suco ainda dentro da uva (Jr 40.10,12). Outra evidência que yayin, às vezes, refere-se ao suco não-fermentado da uva temos em Lamentações, onde o autor descreve os nenês de colo clamando às mães, pedindo seu alimento normal de “trigo e vinho” (Lm 2.12). O fato do suco de uva não-fermentado poder ser chamado “vinho” tem o respaldo de vários eruditos. A Enciclopédia Judaica (1901) declara: “O vinho fresco antes da fermentação era chamado “yayin-mi-gat” [vinho de tonel] (Sanh, 70a).” Além disso, a Enciclopédia Judaica (1971) declara que o termo yayin era usado para designar o suco de uva em diferentes etapas, inclusive “o vinho recém espremido antes da fermentação”. O Talmude Babilônico atribui ao rabino Hiyya uma declaração a respeito de “vinho [yayin] do lagar” (Baba Bathra, 97a). E em Halakot Gedalot consta: “Pode-se espremer um cacho de uvas, posto que o suco da uva é considerado vinho [yayin] em conexão com as leis do nazireado” (citado por Loius Ginzberg no Almanaque Judaico Americano, 1923, pp. 408,409).

2) A outra palavra hebraica traduzida por “vinho” é Tirosh, que significa “vinho novo” ou “vinho da vindima”. Tirosh ocorre 38 vezes no AT; nunca se refere à bebida fermentada, mas sempre ao produto não-fermentado da videira, tal como o suco ainda no cacho de uvas (Is 65.8), ou o suco doce de uvas recém colhidas (Dt 11.14; Pv 3.10; Jl 2.24). Brown, Driver, Brigs (Léxico Hebraico-Inglês do Velho Testamento) declaram que tirosh significa: “mosto, vinho fresco ou novo.” A Enciclopédia Judaica (1901) diz que tirosh inclui todos os tipos de sucos doces e mosto, mas não vinho fermentado. Tirosh tem “benção nele” (Is 65.8); o vinho fermentado, no entanto, “é escarnecedor” (Pv 20.1) e causa embriagues (Pv 23.31).

3) Além dessas duas palavras para “vinho”, há outra palavra hebraica que ocorre 23 vezes no AT, e freqüentemente no mesmo contexto – Shekar; geralmente traduzida por “bebida forte” (e.g., 1 Sm 1.15; Nm 6.3). Certos estudiosos dizem que shekar, mais comumente, refere-se a bebida fermentada, talvez feita de suco de fruto da palmeira, de romã, de maçã, ou de tâmara. A Enciclopédia Judaica (1901) sugere que quando yayin se distingue de shekar, aquele era um tipo de bebida fermentada diluída em água, ao passo que esta não era diluída. Ocasionalmente, shekar pode referir-se a um suco doce, não-fermentado, que satisfaz (Robert P. Teachout: “O uso de vinho do Velho Testamento, dissertação de doutorado em Teologia, Seminário Teológico de Dallas, 1979”.). Shekar relaciona-se com shakar, um verbo hebraico que pode significar “beber a vontade”, além de “embriagar”. Na maioria dos casos, saiba-se que quando yayin e shekar aparecem juntos, formam uma única figura de linguagem que se refere às bebidas embriagantes.

A posição do AT sobre Vinho Fermentado.

Em vários lugares, o AT condena o uso do yayin e shekar como bebidas fermentadas.

1) A Bíblia descreve os maus efeitos do vinho embriagante na história de Noé (Gn 9.20-27). Ele plantou uma vinha, fez a vindima, fez vinho embriagante de uva e bebeu. Isso o levou à embriagues, à imodéstia, à indiscrição e à tragédia familiar em forma de uma maldição imposta sobre Canaã.* Nos tempos de Abraão, o vinho embriagante contribuiu para o incesto que resultou em gravidez nas filhas de Ló (Gn 19.31-38).

2) Devido ao potencial das bebidas alcoólicas para corromper, Deus ordenou que todos os sacerdotes de Israel se abstivessem de vinho e doutras bebidas fermentadas, durante sua vida ministerial. Deus considerava a violação desse mandamento suficientemente grave para motivar a pena de morte para o sacerdote que a cometesse (Lv 10.9-11).

3) Deus também revelou a Sua vontade a respeito do vinho e das bebidas fermentadas ao fazer da abstinência uma exigência para todos que fizessem votos para o nazireado.

4) Salomão, na sabedoria que Deus lhe deu, escreveu: “O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio” (Pv 20.1). As bebidas alcoólicas podem levar o usuário a zombar do padrão de justiça estabelecido por Deus e a perder o autocontrole no tocante ao pecado a à imoralidade.

5) Finalmente, a Bíblia declara de modo inequívoco que para evitar ais e pesares e, em lugar disso, fazer a vontade de Deus, os justos não devem admirar, nem desejar qualquer vinho fermentado que possa embriagar e viciar (Pv 23.29-35).

Os Nazireus e o Vinho.

O elevado nível de vida separada e dedicada a Deus, dos nazireus, devia servir como exemplo a todo israelita que quisesse assim fazer (Nm 6.2). Deus deu aos nazireus instruções claras a respeito do uso do vinho.

1) Eles deviam abster-se “de vinho e de bebida forte” (Nm 6.3; Dt 14.26); nem sequer lhes era permitido comer ou beber qualquer produto feito de uvas, quer em forma liquida , quer em forma sólida. O mais provável é que Deus tenha dado esse mandamento como salvaguarda ante a tentação de tomar bebidas inebriantes e ante a possibilidade de um nazireu beber vinho alcoólico por engano. Deus não queria que uma pessoa totalmente dedicada à Ele se deparasse com a possibilidade de embriagues ou de viciar-se (cf. Lv 10.8-11; Pv 31.4,5). Daí, o padrão mais alto posto diante do povo de Deus, no tocante às bebidas alcoólicas, era a abstinência total.

2) Beber álcool leva, frequentemente, a vários outros pecados (tais como a imoralidade sexual ou a criminalidade). Os nazireus não deviam comer nem beber nada que tivesse origem na videira, a fim de ensinar-lhes que deviam evitar o pecado e tudo que se assemelhasse ao pecado, que leva a ele, ou que tenta a pessoa a cometê-lo.

3) O padrão divino para os nazireus, da total abstinência ao vinho e de bebidas fermentadas, era rejeitada por muitos em Israel os tempos de Amós. Esse profeta declarou que os ímpios “aos nazireus deste vinho a beber” (Am 2.12). O profeta Isaías declara por sua vez: “o sacerdote e o profeta erram por causa da bebida forte; são absorvidos do vinho, desencaminham-se por causa da bebida forte, andam errados na visão e tropeçam no juízo. Porque todas as suas mesas estão cheias de vômitos e de imundícias; não há nenhum lugar limpo” (Is 28.7,8). Assim ocorreu, porque esses dirigentes recusaram o padrão total de abstinência estabelecido por Deus (ver Pv 31.4,5).

4) A marca essencial do nazireado, isto é, sua total consagração a Deus e seus padrões mais elevados é um dever do crente em Cristo (cf. Rm 12.1; 2 Co 6.17; 7.1). A abstinência de tudo quanto possa levar a pessoa ao pecado, estimular o desejo por coisas prejudiciais, abrir caminho à dependência de drogas ou de álcool, ou levar um irmão ou irmã a tropeçar, é tão necessário ao crente hoje quanto o era para o nazireu dos tempos do AT (1 Ts 5.6; Tt 2.2).

*Com relação a este fato, sabemos que os dois filhos de Nóe fizeram o que era errado. Não tem a ver com o fato de Noé estar embriagado.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O Furor do Senhor.


Muito se tem falado e pregado sobre Deus.

Mas será que se prega tudo a respeito de Deus? O que vemos nestes dias, é que estão levando às pessoas, uma mensagem que Deus é amor apenas. Não quero dizer que estão errados, pelo contrário, Deus é amor sim, mas é também JUSTIÇA. Deus é um Fogo Consumidor!

O que eu quero dizer com este artigo é que não se prega sobre a justiça de Deus, nem que Deus vai fazer sua Justiça na terra, onde matará milhares! Procurando o significado das palavras: furor, ira e cólera descobri isto nos dicionários:

Ira: muira raiva,
Furor: cólera extrema; paixão desmedida; exaltação; fúria; delírio; etc.
Cólera: sentimento de raiva; ira; paixão forte que nos incita contra o que nos ofende ou indigna; ódio, raiva

Na Bíblia, encontrei diversos versículos (e seu contexto) sobre estas três palavras acima. Se você tem algum dúvida sobre se Deus agirá ou não dessa forma, leia os textos:

No Antigo Testamento

Êx 4.14 / Nm 12.9 / Nm 22.22 / Nm 25.4 / Nm 32.14 / Dt 9.19 /Dt 29.24 / Dt 13.17 /Jz 10.7 / 2 Sm 24.1 / 2 Rs 22.13 /1 Cr 13.10 / 2 Cr 25.15 / Ed 10.14 / Jó 16.9 / Jó 20.23 / Jó 21.20 /Sl 2.5 / Sl 6.1 / Sl 7.11 /Sl 30.5 /Sl 38.1 /Sl 69.24 / Sl 78.31 / Sl 90.7 /Sl 95.11 /Is 5.25 / Is 9.21 / Is 10.5 / Is 26.20 /Is 37.28 /Is 42.25 / Is 51.20 /Is 54.8 /Jr 4.8 / Jr 23.20 / Jr 25.15 /Lm 2.1 / Lm 2.22 / Dn 9.16 / Os 5.10 /Os 8.5 / Os 11.9 /Os 14.4 /Mq 7.9 / Na 1.2 / Na 1.6 /Hc 3.2 / Sf 2.2

No Novo Testamento

Mt 3.7 / Lc 3.7 / Jo 3.36 / Rm 1.18 / Rm 2.5 / Rm 3.5 / Rm 4.15 / Rm 10.19 / Cl 3.6 / 1 Ts 1.10 / 1 Ts 2.16 / 1 Ts 5.9 / Ap 6.16 / Ap 11.18 / Ap 14.10 / Ap 14.19


"E o lagar foi pisado fora da cidade, e saiu sangue do lagar até aos freios dos cavalos, pelo espaço de mil e seiscentos estádios." Ap 14.20

"E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso." Ap 19.15

"Já se ouve a gritaria da multidão sobre os montes, como a de muito povo; o som do rebuliço de reinos e de nações congregados. O SENHOR dos Exércitos passa em revista o exército de guerra. Já vem de uma terra remota, desde a extremidade do céu, o Senhor, e os instrumentos da sua indignação, para destruir toda aquela terra." Is 13.4.5
O juízo de Deus viré em breve, estejam preparados!

sábado, 1 de janeiro de 2011

Novo Lay-Out do Blog.

Ano novo, lay-out novo!

A imagem que vocês vêem no plano de fundo, foi tirada no Centro de Tratamento Logos, em S.F. do Itabapoana/RJ. A imagem traz o texto de João 8.32, num belo pôr de sol do dia 28/08/10. Em breve publicarei informações para quem desejar conhecer mais de perto este importante projeto.

A paz!

Por: Daniel Vicente